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Esperado: presidente nacional do PDT, Carlos Lupi pediu nesta sexta-feira demissão do cargo de ministro da Previdência. Na verdade, sua saída foi determinada pelo Palácio do Planalto, numa tentativa de conter a crise gerada pela investigação de fraudes bilionárias em aposentadorias do INSS.
“Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula “, postou Lupi nas redes sociais.
Para o seu lugar, o governo Lula anunciou ex-deputado federal Wolney Queiroz (PDT), atual secretário-executivo da pasta.
Há uma semana, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação conjunta que apura um suposto esquema de descontos não autorizados de mensalidades associativas em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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A investigação aponta que as irregularidades começaram em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro. Mas prosseguiram nos últimos anos, no governo Lula. A PF informou ter reunido indícios da existência de irregularidades em parte dos cerca de R$ 6,3 bilhões que a cobrança das mensalidades associativas movimentou apenas entre 2019 e 2024.
O caso já havia resultado na exoneração do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e no afastamento de quatro dirigentes da autarquia e de um policial federal lotado em São Paulo. Deputados de oposição protocolaram, na última quarta-feira (30/4), um requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (I) para investigar os sindicatos envolvidos na fraude do INSS.
Logo após a deflagração da operação da PF, o INSS suspendeu todos os descontos oriundos dos acordos com as entidades. Para reaver o dinheiro retroativo aos anos anteriores, a Advocacia-Geral da União (AGU) montou um grupo para buscar a reparação dos prejuízos.